OCDE: Políticas Públicas de Resposta das Cidades à Covid-19

Conheça o novo relatório disponibilizado pela OCDE, que traça um balanço das estratégias de recuperação das cidades face à pandemia Covid-19

As cidades têm estado na linha de frente das respostas à crise Covid-19, desempenhando um papel crítico na implementação de medidas, mas também fornecendo laboratórios para estratégias de recuperação ‘bottom-up’ inovadoras. A Covid-19 acelerou a mudança para um novo paradigma urbano rumo a cidades mais inclusivas, verdes e inteligentes.

O novo relatório agora disponibilizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Covid-19 and Cities: Cities Policy Responses, traça um balanço das estratégias de recuperação das cidades face à pandemia COVID-19, extraindo 10 lições importantes desta crise para a resiliência urbana:

  1. As respostas das cidades devem ser interpretadas e consideradas à luz dos estádios iniciais ou finais da pandemia. Em todos os casos, as lições aprendidas podem ajudar a lidar com o futuro, reduzir os impactos e planear para a recuperação.
  2. As cidades são assimétricas nas suas capacidades de resposta à crise Covid-19, seja em cada país ou entre países. Essas capacidades desiguais dependem de inúmeros fatores, incluindo a diferente alocação de serviços públicos, dimensão demográfica e regulamentação, fiscalização e infraestruturas.
  3. As cidades estão a realizar um amplo espectro de respostas ‘place-based’, desde medidas imediatas para fornecer informação, salvaguardar os cidadãos, minimizar contactos sociais e apoiar empresas até medidas visando impactos de longo prazo.
  4. Para implementar muitas das suas respostas à Covid-19, as cidades dependem de inovação e de ferramentas digitais. A Internet, aplicativos e outras tecnologias têm um papel essencial na comunicação, sensibilização, teletrabalho, educação e desenvolvimento de competências.
  5. No primeiro estádio, a maioria das respostas era de curto prazo, mas algumas cidades alteraram progressivamente para respostas de médio-prazo, mais notavelmente para reimaginar a vida pública e desencadear mudanças no traçado e utilização de espaços públicos para micro-mobilidade de ciclistas e peões.
  6. Em contraponto aos benefícios da cidade compacta há muito destacados, a crise Covid-19 desencadeou um debate sobre a vulnerabilidade de cidades densamente povoadas e necessidade de repensar como garantir um ambiente urbano compacto e seguro com acesso próximo a serviços básicos.
  7. Interrupções nas cadeias de importação-exportação, investimentos depauperados e restrições a viagens, tanto de negócios como de turismo e lazer, podem afetar as cidades a médio e longo prazos.
  8. Muitas cidades entenderam que a pandemia e as suas consequências podem ser transformadas em oportunidades para criar cidades mais resilientes, circulares, inteligentes e melhor conectadas com o espaço rústico circundante.
  9. Independentemente do nível de descentralização, constata-se a necessidade de as cidades trabalharem em conjunto com os governos para garantir uma implementação efetiva das medidas nacionais e desenvolver respostas ‘place-based’ alinhadas com as iniciativas e estruturas nacionais.
  10. A cooperação cidade-a-cidade, dentro dos países e para além de fronteiras nacionais, tem sido a chave para o sucesso das cidades na resposta a esta pandemia. A partilha entre cidades cria unidade, solidariedade e promove abertura e transparência, enquanto as redes de cidades fornecem informações úteis sobre melhores práticas.

Explore este novo relatório da OCDE, disponível também em Português.

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