A Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP) lançou o documento ‘Melhor Cidade com Melhor Comércio e Serviços’, uma proposta para a requalificação e regeneração urbana baseada no conceito de urbanismo comercial. A ideia central é que o planeamento urbano deve estar intrinsecamente ligado às atividades comerciais e de serviços que estruturam a vida das cidades, promovendo um desenvolvimento sustentável e integrado.
O documento, elaborado no âmbito do Observatório ‘Serviços, Competitividade Urbana e Coesão Territorial’, propõe a criação de um programa abrangente, que una sustentabilidade, inclusão e competitividade. Para isso, sugere parcerias estratégicas entre o setor público – representado pelas Câmaras Municipais – e o setor privado – nomeadamente Associações Empresariais do setor.
A estratégia passa pela implementação de Cartas Estratégicas de Urbanismo Comercial, adaptadas à realidade de cada espaço urbano. Essas cartas deverão orientar projetos de regeneração e requalificação a serem financiados pelos Programas Operacionais Regionais, através de candidaturas locais apresentadas pelas Comunidades Intermunicipais (CIM) e Áreas Metropolitanas (AM) que voluntariamente aderirem à iniciativa.
Objetivos do programa:
O programa visa revitalizar as áreas comerciais e de serviços das cidades, seguindo uma abordagem integrada que contempla os seguintes eixos estratégicos:
- Reforço da competitividade do comércio de proximidade.
- Dinamização do comércio e serviços, alinhando-os ao espaço urbano de forma sustentável.
- Melhoria das acessibilidades e do ambiente urbano em zonas comerciais e de serviços.
- Criação de estruturas de gestão integradas, promovendo parcerias público-privadas.
- Fomento da economia circular e da economia de partilha no setor.
- Valorização da identidade histórica e cultural dos espaços urbanos, garantindo a sua resiliência e atratividade.
A elaboração do documento contou com a participação das cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), da Direção-Geral do Território (DGT) e de outros organismos da Administração Central, além de diversas Câmaras Municipais, Associações Empresariais locais e regionais, e especialistas ligados a universidades e centros de investigação.
Aceda ao documento completo e saiba mais sobre o Observatório ‘Serviços, Competitividade Urbana e Coesão Territorial’.