A OCDE publicou o seu relatório anual ‘Regions and Cities in a Glance 2020’, avaliando de forma comparativa o desempenho das cidades e regiões da OCDE no ano que agora termina. Com mais de 100 indicadores, este documento combina estatísticas oficiais com novos indicadores modelados com base em fontes de dados menos convencionais, oferecendo uma perspetiva alargada relativamente ao desenvolvimento económico, saúde e bem-estar, ambiente, emprego, entre outros aspetos, juntando ainda à sua análise alguns países não pertencentes à OCDE.

Num ano marcado pela Covid-19, o relatório dá um amplo destaque aos efeitos da pandemia e aos motores da resiliência social, económica e ambiental. O relatório aborda um amplo conjunto de indicadores relacionados com a saúde, incluindo excesso de mortalidade, taxas de morbidade e qualidade do ar. Aborda também novos indicadores sobre o potencial de regiões e cidades para o trabalho remoto, bem como sobre a abertura comercial e o acesso a infraestruturas digitais. Aborda ainda novos indicadores relacionados com o clima e o meio ambiente, incluindo a produção sustentável de eletricidade e as emissões de carbono relacionadas.

Segundo este relatório, o impacto da crise da Covid-19 nas pessoas e nas economias deu origem a um aumento das disparidades regionais no acesso à saúde e no crescimento económico e aumentou as disparidades na digitalização, uma tendência persistente na última década. As medidas implementadas pelos países para conter a disseminação da Covid-19 afetaram profundamente a economia e o mercado de trabalho de todas as cidades e regiões em análise, tendo a crise desencadeado uma mudança massiva para o trabalho remoto, ainda que neste caso com variações significativas entre países e setores da economia.

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