O C40 Cities Climate Leadership Group publicou recentemente o guia 'Effective Emergency Preparedness for Flooding and Drought: A Guide for Cities', que apresenta cinco componentes fundamentais para uma resposta eficaz a cheias e secas, para tornar as cidades mais resilientes e preparadas face aos desafios climáticos futuros. A preparação para emergências, incluindo a implementação de sistemas de alerta precoce, é essencial para reduzir impactos e proteger as comunidades mais vulneráveis.
A Importância da Preparação para Emergências Climáticas
Medidas de adaptação das cidades, como barreiras contra inundações, planeamento territorial e soluções baseadas na natureza, continuam a ser fundamentais para mitigar riscos. No entanto, a capacidade de resposta imediata através de sistemas de alerta precoce pode reduzir significativamente os danos e evitar que ameaças climáticas se transformem em catástrofes.
Estudos indicam que um investimento global de 1 milhão de dólares anuais em sistemas de alerta precoce pode resultar numa redução de perdas na ordem dos 35 milhões de dólares por ano. A iniciativa 'Early Warnings for All', lançada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas em 2022, tem como objectivo garantir que todas as pessoas no mundo tenham acesso a sistemas de alerta precoce até 2027.
Cidades Mais Seguras Face a Riscos Hídricos
O guia do C40 Cities Climate Leadership Group avalia os riscos de cheias e secas em 97 cidades até 2050 e destaca a iniciativa 'Water Safe Cities Accelerator', que compromete autarcas a estabelecer sistemas de alerta precoce e respostas de emergência para proteger as comunidades urbanas mais vulneráveis.
Para apoiar as cidades na implementação destas medidas, o guia estrutura cinco componentes-chave para uma preparação eficaz para emergências climáticas, adaptados de iniciativas internacionais como o 'Sendai Framework for Disaster Risk Reduction':
- Avaliação de riscos e monitorização – Identificar vulnerabilidades e desenvolver sistemas de alerta baseados em dados;
- Fortalecimento das capacidades institucionais – Garantir que as autarquias e serviços de emergência disponham de recursos e planos adequados;
- Comunicação e sensibilização – Informar a população sobre os riscos e acções a tomar em caso de emergência;
- Infra-estruturas e soluções baseadas na natureza – Implementar medidas físicas para reduzir riscos, como drenagem urbana sustentável e zonas de retenção de água.
- Monitorização e revisão constante dos planos de emergência – Ajustar estratégias com base em experiências e novos dados climáticos.
No final do documento, uma checklist de autoavaliação permite que as cidades avaliem o seu progresso e identifiquem áreas de melhoria. O guia completo está disponível para visualização e descarregamento, permitindo explorar funcionalidades interactivas e opções adicionais para um planeamento mais eficaz.