Encontra-se em consulta pública a proposta da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa (ENMA 2020-2030), visando privilegiar a mobilidade ativa em detrimento do transporte individual motorizado, uma tendência crescente pelas excelentes relações custo-benefício e vantagens que proporciona em áreas fundamentais para a qualidade de vida e bem-estar das populações.
A mobilidade ativa demonstra ser a forma mais popular para percorrer curtas distâncias, potenciando sinergias com o transporte público em todo o território nacional, constituindo uma mudança significativa, inteligente, ao serviço das pessoas e também ao serviço da descarbonização do ambiente. E não é de somenos que pedalar movimente também ativamente a economia, Portugal é já o terceiro maior fabricante europeu de bicicletas, exportando maioritariamente a sua produção.
Não obstante, no que se refere ao uso da bicicleta como principal meio de transporte, o nosso país situa-se atualmente na penúltima posição face aos demais estados-membros da União Europeia. Neste contexto, um dos propósitos críticos da proposta passa por atingir 20% de mobilidade ativa, fomentando caminhar e pedalar. Propõe-se, assim, uma mudança de hábitos logo desde a idade escolar, passando a as matérias de mobilidade ativa a fazer parte do currículo desde o ensino básico já a partir de 2020. Pretende-se que, no horizonte de uma década, os portugueses pedalem 15 vezes mais.
No entanto, o nosso país ainda não é um país seguro para os ciclistas, pelo que a ENMA 2020-2030 propõe a criação de 10 mil quilómetros de ciclovias, alterações ao Código da Estrada e a revisão do Regulamento de Sinalização de Trânsito, entre todo um conjunto de outras medidas para redução de 50% da sinistralidade de peões e ciclistas até 2030.
A proposta da Estratégia Nacional de Mobilidade Ativa encontra-se disponível para consulta e participação na Plataforma Participa!.
Junte-se a este esforço nacional para a mobilidade ativa, envie os seus contributos até 28 de abril de 2019!