Évora vai ser Capital Europeia da Cultura em 2027, a par da cidade letã de Liepaja. Esta será a quarta vez que uma cidade portuguesa recebe o título, depois de Lisboa (1994), Porto (2001) e Guimarães (2012). O anúncio foi feito no dia 7 de dezembro de 2022, por um painel de peritos independentes, encerrando um processo iniciado em 2019, que deu origem à apresentação de candidaturas de 12 cidades portuguesas, quatro seleccionadas na lista de finalistas, Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada.
A Capital Europeia da Cultura terá uma dotação financeira de 29 milhões de euros oriundos de fundos nacionais e europeus. Com um conceito inspirado no ‘Vagar’, que representa um modo de vida e um elemento forte do património imaterial alentejano, refletindo a necessidade de a Europa e os europeus passarem para uma ‘filosofia de vida lenta’, a candidatura baseia-se em três eixos, herança cultural, intangibilidade e biodiversidade do território, para a promoção do tecido cultural da região.
Portugal passará também a eleger anualmente uma Capital Portuguesa da Cultura, que caberá nas três primeiras edições, em 2024, 2025 e 2026, às três cidades que não foram escolhidas. Aveiro, Braga e Ponta Delgada contarão com dois milhões de euros anuais, num alicerce financeiro que envolve também os ministérios da Economia e da Coesão Territorial.
Desde 1985, as Capitais Europeias da Cultura tornaram-se num dos projetos culturais mais ambiciosos e apreciados da União Europeia. As três Capitais Europeias da Cultura em 2022 são Kaunas (Lituânia), Esch-sur-Alzette (Luxemburgo) e Novi Sad (Sérvia), as próximas serão Veszprém (Hungria), Elefsina (Grécia) e Timisoara (Roménia), em 2023; Tartu (Estónia), Bad Ischl (Áustria) and Bodø (Noruega), em 2024; Chemnitz (Alemanha) eNova Gorica (Eslovénia), em 2025; Oulu (Finlândia) e Trenčín (Eslováquia), em 2026.
